
Discutir conflitos familiares no horário vespertino em nossa tevê, logo nos remete as baixarias praticadas por alguns programas que apostam nesse gênero para garantir seus pontinhos no Ibope, correto? Essa idéia muda drasticamente em se tratando do "Casos de Família", do SBT.
Na tevê aberta, um festival de brigas, agressões físicas e palavras de baixo escalão marcaram a década de 90. O que distingue o programa da emissora de Silvio Santos desses tele-barracos é a maestria com que a apresentadora Regina Volpato exerce sua função a frente da atração.Na mediação dos conflitos, Regina dá um show de elegância, competência, classe e simpatia, mesmo quando os temas abordados pelo programa não são tão agradáveis de serem discutidos, ou até mesmo quando os convidados se comportam de maneira inadequada.Ela não traz aquele ar de prepotência de quem acha que sabe mais que seus convidados e por isso sabe o que diz. Regina Volpato é a prova viva que dá para fazer tevê popular e até mesmo programas que tenham tudo para liderar os rankings da baixaria sem deixar que falte descência e responsabilidade. Em alguns momentos, as tentativas de alavancar audiência foram mais fortes que a idéia original da atração, o que causou desconforto tanto para nós, telespectadores, quanto para a apresentadora, que utilizou de de sua página na internet para pedir desculpas a seu público, que não via naquele novo formato uma saída para a solução dos problemas familiares. Essa atitude da Regina fez com que o contingente de fãs da apresentadora crescesse ainda mais. A reformulação no programa não prosseguiu depois das declarações feitas no blog.Talvez esse gênero não devesse ter espaço na tevê, pois as fórmulas de debate ultrapassadas ainda persistem em continuar. Mas se prosseguir, que venha sob o comando de Regina Volpato, que faz a diferença na ajuda às famílias, que em último caso (infelizmente) a ela recorrem, na tentativa de obter soluções a seus problemas e com isso se respeitarem mais.Que o "Casos" persista em levar até nós umas aulinhas de educação e respeito, e que com o exemplo de Regina (que merece mais reconhecimento), os demais apresentadores, que carregam o peso dos tele-barracos em seus ombros, mudem seu modo de pensar e agir.Daqui a pouco tem novo post.
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